11 de junho de 2011

Gol de quem?



Há quase 13 anos, o chute certeiro, sem chances para Burgos, transformou um lance em música. Gol de quem? Gol do Juninho. Monumental. Dez anos depois, o Reizinho está de volta ao trono que nunca deixou de ser seu. O tempo parece ter esperado a volta do ídolo cruzmaltino. O meia deixou o seu Vasco após o título brasileiro de 2000 com a vitória de 3 a 1 sobre o São Caetano. Teve gol de quem? Gol do Juninho.


Os desprazeres da Colina foram acompanhados de longe, enquanto reinventou o Lyon, na França. Com Juninho no comando, o clube francês saltou de intermediário a time imbatível no país. Seis títulos seguidos. Com direito a vários gols. De quem? Gols do Juninho. E nos corredores da Colina não faltou torcedor que amargasse a saída do craque. A magnitude da idolatria a Juninho cresceu, então, na mesma proporção de seu sucesso internacional.

Até mesmo a imprensa esportiva sentia falta daquele valente garoto pernambucano. Pois as mordaças impostas pela ditadura euriquista, cada vez mais comuns com o craque no Lyon, eram derrubadas pelo Reizinho ao conceder entrevistas na calçada em frente a São Januário. Um golaço. De quem? Do Juninho, cada vez mais monumental.

Romário marcou o milésimo gol, Edmundo voltou, Philippe Coutinho surgiu. Nenhum deles, no entanto, foi citado de maneira tão espontânea em um coro de arquibancada. E de repente o gol de Juninho passou a ganhar bocas da Colina. A cada jogo, a exaltação do ídolo, do feito se misturava ao desejo de que ele retornasse à casa. Muitos desejavam ver um gol. De quem? Do Juninho.

Pois o Reizinho, aos 36 anos, resolveu voltar à Colina e, no mesmo momento, o Vasco ressurgiu. Não por acaso. O título da Copa do Brasil, o mais importante do clube daquele Brasileiro de 2001, veio no embalo do retorno do craque. Não faltará torcedor hoje em São Januário para comemorar a boa fase do time e, principalmente, a volta definitiva de quem jamais deveria ter saído. Após tanto ouvir de longe, ensinar aos filhos, o Reizinho terá a dimensão do que é para a torcida vascaína. Idolatria não se fabrica. Conquista-se. E lágrimas escorrerão novamente ao ver ele, de novo, com a camisa que sempre lhe caiu tão bem. Um golaço na história do Vasco. De quem? Do Juninho. Sempre monumental.

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