1 de agosto de 2011


Leve fé

Os anos de penúria do Vasco sob a sombra ditatorial ainda custam ao clube. Pergunte a qualquer um nas ruas os cinco candidatos ao título brasileiro deste ano. Timidamente, aparecerá o Cruzmaltino em apenas algumas opiniões. Ainda há aversão ao time da Colina, mas deixá-lo fora de um pacote de candidatos à taça é, ainda, resultado de um tempo em que o Vasco passou a ser visto com reservas e antipatia no futebol brasileiro. Tão somente.

Vale, sim, levar fé neste Vasco no Campeonato Brasileiro. A grande disputa do time será contra si mesmo, penúria que ataca todos os campeões da Copa do Brasil. A quatro pontos do líder e em quinto lugar na tabela, o time de Ricardo Gomes pode e deve sonhar com o pentacampeonato brasileiro. O único porém é não deixar que essa distância aumente e o desânimo contagie técnicos e jogadores. Nada vale para o Vasco além do título brasileiro. Não há vaga de Libertadores. Ele já está lá. Quieto, sem alarde e com elenco bem montado, o Vasco se credencia pela primeira vez com a fórmula de pontos corridos a ser campeão.

Há a possibilidade de um revezamento entre Juninho e Felipe. Veteranos e craques. Sai Alecsandro? Entra Elton. Não são craques, mas um complementa o vazio deixado pelo outro. A zaga é segura com Anderson Martins e o selecionável Dedé. No meio de campo ainda há Diego Souza e Bernardo também como opções. Não é um elenco galáctico, mas bem homogêneo, com possibilidade de ir ao Morumbi, ser pressionado pelo São Paulo, mas encontrar seu jogo no segundo tempo e vencer a partida com autoridade. De mansinho, Ricardo Gomes motiva sua rapaziada, os coloca em campo sem alarde e parece até gostar da falta de holofotes. Na batida manso, com time e elenco acertadinhos e um título de campeão nas costas, o Vasco, mais leve em campo e fora dele, é sim candidato à taça. Leve fé.

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