9 de agosto de 2011


A reinvenção da estrela

O Botafogo surpreende. Sofreria para enfrentar o então embalado Vasco, campeão da Copa do Brasil e terceiro na tabela. É, sofreria. Sem pena, o Alvinegro foi para cima, pressionou, aproveitou as chances que teve e goleou. Sorridentes, os botafoguenses deixaram o Engenhão pensando qual a razão para a equipe de Caio Júnior não ser tão linear assim e disputar o topo da tabela. Vale, no entanto, olhar pelo outro lado. Ter uma reflexão.

Assim que estreou no Campeonato Brasileiro de maneira desastrosa, o time alvinegro foi colocado sob suspeita, inclusive por este blog. Mas Maurício Assumpção e sua trupe trabalharam bem e deram a Caio Júnior um bom time, capaz de competir, sim, por uma vaga na Libertadores se souber suas limitações e jogar sempre ligado. Poderá ser, talvez, rival do Palmeiras de Felipão, também limitado, mas que vem se superando.

Não, o time do Botafogo hoje não é ruim. Pelo contrário. É bom. Tem em Jefferson um excelente goleiro, o melhor do futebol brasileiro atualmente. A zaga com Antônio Carlos e Fábio Ferreira é razoável. A lateral esquerda continuará bem se Cortês mantiver o nível do clássico. O lado direito, claro, terá de não comprometer apenas. Mas no meio há ótimos jogadores como Renato e outras boas peças como Elkeson, Maicosuel e Everton. Loco Abreu, a estrela do time, pode ser decisivo como foi no clássico e comandar a torcida na arquibancada.

Hoje, sim, o Botafogo tem do que se orgulhar. Há um time. Caio Júnior terá de realizar um bom trabalho e não ficar pelo caminho como fez com Palmeiras, em 2007, e Flamengo, em 2008. Até ele, Caio, terá de se superar. Mas de grão em grão, com o time acertado, a base administrativa do clube sem sobressaltos, o Botafogo pode, sim, sonhar com bons voos nesse Brasileiro. Muito além do imaginado na primeira rodada da competição. A Estrela Solitária soube se reinventar.

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