15 de agosto de 2011


A soberba do apito

A postura por vezes é arrogante, os gestos são excessivos e a incoerência, uma marca registrada. A arbitragem brasileira, não é de hoje, vive uma crise. Não há um padrão a ser seguido. Cada árbitro parece julgar por si o que é necessário fazer em campo para o bom andamento da partida. Jogadores, técnicos e clube devem se cuidar no Deus no acuda dos gramados brasileiros. O que significa cartão amarelo para determinado árbitro, nem mesmo digno de advertência é para outro. Difícil crer em má-fé, predisposição para prejudicar esta ou aquela equipe.

A clara falta de padronização da Comissão de Arbitragem brasileira é diretamente responsável por episódios como o ocorrido em Figueirense x Flamengo. Heber Roberto Lopes por vezes demonstra grande benevolência com o time da casa. Em lances idênticos, amarelo para os visitantes, no caso de Florianópolis, o Flamengo, e nenhum para os mandantes, o Figueirense. Nada contra o Rubro-Negro em particular. É apenas o seu padrão.


Assim como o de Leandro Pedro Vuaden é deixar o jogo correr. Há falta que, em sua opinião, não vale marcar. Simplesmente. E daí que toda falta é obrigatoriamente falta? O árbitro escolhe a sua padronização e caminha sozinho em seu mundo próprio. São as suas senhorias do futebol. Gostam do holofote para si. E há, ainda, os que são fracos tecnicamente por natureza. Não? Pois observe o impedimento marcado após um lateral na partida entre Bahia e Internacional neste fim de semana. Isso mesmo. Impedimento em lateral. Total desconhecimento da regra.


Há, claro, bons profissionais que pouco são notados. Não gostam de ser chamados de sua senhoria, não fazem ameaças a jogador, controlam a partida e mantêm o critério para os dois lados. São discretos. Ou você realmente lembra o nome da partida mágica entre Santos e Flamengo na Vila Belmiro? Provavelmente não. Mas André Luiz de Castro, árbitro daquela partida, conduziu o jogo sem ser vedete. Fosse propenso aos holofotes e certamente estragaria o espetáculo ao seu prazer, deixando Neymar e Ronaldinho tímidos. Poderia ameaçá-los com o apito estridente, deixar os jogadores irritadiços com tanta contradição. Mas é exceção em um futebol assolado pela soberba do apito.

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