30 de julho de 2011


A competitividade rubro-negra

Logo após o título invicto no Campeonato Carioca, a desconfiança sobre o Flamengo de Vanderlei Luxemburgo ainda pairava. Invicto, pois sim, apenas no fraco Estadual. De tal maneira não resistiria no Brasileiro. A derrota logo na partida seguinte, contra o Ceará, pela Copa do Brasil, deu mais força aos críticos. Na maior competição nacional, o Bonde encontraria o freio definitivo e teria de aceitar as suas limitações. Após 13 rodadas do Brasileiro e uma vice-liderança, muita opiniões foram derrubadas e os críticos e devem dar a mão à palmatória. O trabalho de Vanderlei Luxemburgo no Flamengo em 2011 é, sim, digno de aplausos. Impressiona a consistência da equipe, osso duro de roer para qualquer adversário.

Você pode não gostar da maneira como ela joga. É um direito. Mas não pode negar a eficiência. São 40 jogos no ano e apenas uma única derrota. Se isto não é símbolo de um bom trabalho, não sei mais o que pode ser. Neste ano, o Flamengo enfrentou adversários de todos os tipos. Empatou com a Cabofriense e ganhou do Santos na Vila Belmiro no Brasileiro. De um time claudicante no início do ano, ainda em busca do acerto, a um time maduro, com jogadores que conhecem uns ao outros em campo, trocam passes e esperam o adversário para dar o bote fatal. Não é um time perfeito. Mas, sim, a equipe mais difícil de se bater no Brasil atualmente.

O ponto ao qual Vanderlei Luxemburgo desejava desde o início da temporada parece chegar à maturação apenas agora. Une padrão de jogo ao brilho de Ronaldinho, seu grande astro. Tática a técnica. A chegada de Alex Silva para a defesa só aumentará ainda mais a capacidade de o Flamengo ser uma barreira de difícil superação pelos adversários. Diante da exuberante fase técnica de seu camisa 10 e com o apoio de luxo de Thiago Neves, a qualidade necessária para levá-los à vitória. À sua maneira e com apoio da diretoria em momentos-chave, como o veto a Adriano, Vanderlei Luxemburgo leva o Rubro-Negro a um nível de competitividade desconhecido na Gávea até então. Em 2009, o hexa chegou com uma arrancada. Neste ano, não será surpresa se o Brasileiro terminar mesmo com o troféu na Gávea.

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