11 de setembro de 2011


Hora da chacoalhada

É preciso dar uma chacoalhada. Não, não. Você, torcedor rubro-negro, permaneça em casa durante a semana, acompanhe o noticiário por jornais e tv, e proteste, se for o caso, apenas no Engenhão no próximo domingo contra o Botafogo. Nada de treinos, cobranças exageradas durante a noite com direito a caso de polícia. Bobagem. Isso é apenas futebol. Mas é necessária, sim, uma boa mexida no Ninho do Urubu por Vanderlei Luxemburgo. Natural e compreensível que o treinador tenha defendido até agora a presença de medalhões no time rubro-negro. Até agosto, o time havia disputado pouco mais de 40 partidas e, pasmem, perdido apenas uma. Mas o fio virou. De vez. E talvez só acorde com uma boa sacudida.

A culpa de Luxemburgo, ironicamente, recai na insistência com alguns jogadores. Não há motivo algum para perseguição pessoal. Mas na vida e, principalmente, no futebol, caso você esteja em má fase continuamente a tendência é que haja uma substituição. Você, torcedor rubro-negro, irá berrar aos quatro cantos que Galhardo pode não substituir Léo Moura com a mesma categoria na camisa 2. Mas às vezes é um simples momento. Uma mudança com direito a conversa nos bastidores do CT rubro-negro. E deixar claro que o que interessa para todos ali, claro, é o Flamengo na disputa do título, algo que deixou de ser real.

É visível que Léo Moura parece ter perdido o fôlego em alguns meses. Thiago Neves não vem bem desde que foi cortado na lista de Mano Menezes na Copa América. Willians anda meio perdido com a ausência de Airton no meio de campo. Ótimos jogadores e até certo ponto normal que passem por má fase. Mas quando muitas peças de uma só equipe desandam a jogar mal é preciso mexer. Sem drama, sem bico, sem mimimi. Talvez apenas uma resolva. Talvez sejam necessárias quatro. É tarefa de Vanderlei Luxemburgo tentar encontrar razões para que o time despenque de maneira tão assustadora da tabela em tão pouco tempo.

Demitir o técnico é bobagem. Quem irá substituí-lo? Olhe o mercado, veja o trabalho já realizado até aqui. Não há sentido. Assim como parecem ser baboseira as teorias que apontam os jogadores como vilões por se rebelarem contra o trabalho de Luxa. Contra o Atlético-PR, o time se esforçou, correu, deu carrinho e até começou bem. Mas as fases tática e, principalmente, técnica são muito ruins. O chute sai torto, a bola que era tocada de maneira macia agora recebe um golpe que a faz viajar no espaço e pouco ajudar para mudar o placar a favor. São oito jogos sem vitória. De segundo para sexto. A tendência, sem alguma mudança, é daí para baixo. Por isso, sem desespero, com muito papo e talvez algumas mexidas, é hora de o Flamengo sofrer uma chacoalhada. Para aí, quem sabe, despertar do sono que vive no Brasileiro.

2 comentários:

Mariana Perim disse...

Sua análise sempre sensata, Pedro. :)
Hoje, depois de uma série de jogos, achei que o time entrou em campo com um pouco mais de vontade. Nada mais que isso, infelizmente. É triste ver o time perdido, principalmente no meio de campo, onde não há ninguém pra criar absolutamente nada. Thiago Neves tá irreconhecível, Welinton, apesar do gol, continua sendo um belíssimo cone e os erros de sempre se repetem a cada jogo. Título brasileiro não mais. Se houver lucidez, as coisas se acertam aos poucos para, TALVEZ, ficarmos no G4. Como você disse, com conversa e equilíbrio, nada mais que isso. Até porque acho que não há muita coisa a ser feita...

Anônimo disse...

A coisa mais bizarra do Flamengo q chama a minha atenção (além dos jogadores citados no texto)... é q não há cobertura!!! Qq time tem mais facilidade p/ tocar a bola e entrar na área do Fla do q o inverso! Passou por um, tá lá... na marca do pênalti, de cara p/ o Felipe.