5 de julho de 2011


Um Drogbinha rumo ao desperdício

Era meio de semana quando o Flamengo enfrentava o Grêmio Prudente no Maracanã, Brasileiro de 2010. Já sem Adriano, a torcida viu sair do banco um rapaz forte, cabelo volumoso, sorriso cheio e muita disposição. Na primeira bola, um tapa seco, incrível velocidade rumo à área adversária. Só um pênalti o derrubaria. Caído no chão, ele parecia chorar em seus primeiros passos no futebol profissional. Atônito, assistiu ao gol de Vagner Love e à vitória do Flamengo por 3 a 1. Sorridente, o garoto dava entrevistas e abraçava a mãe, logo ali nas cadeiras do Maracanã que gritava seu nome. Diego Maurício. Que futuro ele teria. Parecia mesmo ter. Mas, de repente, o garoto indica mesmo flertar com o desperdício.

Em 2010, em meio ao caos da Gávea, Diego Maurício foi aquele porém. Não era um craque, mas mostrava qualidade. Fazia gols. Entrava com muita vontade nos jogos. Era rápido. Forte. Pelo estilo de jogo, ganhou na Gávea o apelido de Drogbinha. E terminou o ano como titular em meio aos pesos de ouro Deivid e Diogo. Pois 2011 tinha tudo para ser o ano da consolidação. Logo em janeiro lá estava Drogbinha na turma de Neymar e Lucas com a Seleção Brasileira no Sul-Americano sub-20. Reserva de luxo, sempre que entrou deu conta do recado. Fez gols e foi campeão. Valorizou-se. E aí o sucesso parece ter subido à cabeça. De volta ao Flamengo, não conseguiu se firmar. Não são poucas as notícias do Ninho do Urubu sobre atrasos e repreensões. Negueba tem sua chance entre os titulares. Luiz Antônio também. Diego Maurício dificilmente joga mais do que 20 minutos no time de Vanderlei Luxemburgo. Não pode ser ao acaso.

Há pouco mais de um mês, Drogbinha teve proposta para ir para o futebol ucraniano. Empolgado com a possibilidade da independência financeira, topou a aventura. Porém, Dentinho, do Corinthians, chegou antes à Ucrânia. E Diego Maurício continua sua cartilha para se valorizar cada vez menos. Em vez das arrancadas e da vontade de 2010, poucas participações. Do garoto sempre solícito a entrar em campo ao que pede liberação do jogo da final de juniores para o qual havia sido requisitado.

Entre Twitter, iPad e conselhos não tão aconselháveis nos bastidores, Diego Maurício, uma das boas revelações do Flamengo nos últimos anos, parece não ter se encontrado nos profissionais, como previsto. Para um jovem de 20 anos, no entanto, ainda há tempo. Basta levantar a cabeça, demonstrar vontade no Mundial sub-20 e na volta ao Flamengo. Ser o Drogbinha rompedor, de chute forte e velocidade elogiável. Assim, deixará de ser descartável. Será valorizado. E não mais trilhará o caminho do desperdício.

3 comentários:

Anônimo disse...

Vc é um belo de um pau no cu, um merda na verdade, só perdi meu tempo vindo aqui pra te esculaxar...
SRN

Pedro Henrique Torre disse...

Agradeço o carinho no comentário acima. E melhor que sei de quem se trata. O espaço aqui é aberto, até para os mal educadinhos. Negócio é jogar bola. Abraço!

Insurance USA disse...

Um desperdício cada vez pior. Jà perdi as esperanças.