3 de julho de 2011


É para valer, Mano

Mano Menezes fala manso, conta com a simpatia de grande parte da mídia, é querido, tenta mesclar discrição com firmeza. Mas o período de lua de mel termina a partir de hoje, na estreia da Seleção Brasileira na Copa América de 2011 diante da Venezuela. É inegável: o time de Mano será avaliado com mais rigor na primeira competição oficial sob sua batuta. Depois do torneio na Argentina, a Seleção principal só entrará em campo para valer na Copa das Confederações, o propagado evento teste da Copa do Mundo, em 2013. Portanto, a Copa América deixa de ser mais um torneio para o treinador. É mais do que isso.

A tarefa de renovar a Seleção Brasileira não é nem um pouco fácil. Dunga, há cinco anos, também teve a mesma missão, mas figurões como Kaká, Ronaldinho e Adriano, por exemplo, não eram considerados plano B. Com currículo de bons serviços prestados à Amarelinha, o trio deveria e seria utilizado no time titular em breve. Mano, agora, tem poucos medalhões a recorrer no aperto. Pior: eles são jogadores de defesa. Tanto que após as primeiras experiências o técnico brasileiro chamou Julio Cesar de volta para o gol, Lúcio para comandar a zaga. Diante de grandes seleções como Argentina, França e Holanda, a Seleção de Mano não andou. Mas a fala mansa, a simpatia com a imprensa lhe serviram como escudo.

Na Copa América, o papel muda de figura. O torcedor nas esquinas irá cobrá-lo em caso de vexame. Mano conta, principalmente, com o carisma e, claro, a bola de Neymar para dar cara a uma Seleção ainda irreconhecível para seu próprio povo. Há apostas como David Luiz para zaga, incógnitas Alexandre Pato e decepções como André Santos. Ao Brasil será necessário não só vencer, mas convencer nessa Copa América. Mano está há quase um ano no cargo. Teve tempo para analisar, formar sua base, faz testes, mas a Seleção ainda não tem uma cara. Vale, porém, a chance para observar a Seleção do ex-técnico corintiano e avaliar o que ela poderá fazer na primeira competição em que uma taça está em jogo. A bola está com Mano. Agora é para valer.

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Como todo bom brasileiro, o autor deste blog tem, sim, a sua Seleção ideal em mente para o momento. Lá vai: Julio Cesar; Dani Alves, Lúcio, Thiago Silva e Marcelo; Lucas (volante), Hernanes, Kaká e Ganso; Neymar e Pato. Concorda? Diga a sua.

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