24 de maio de 2012


O passeio tricolor

Para quem conta com uma torcida que lhe atribui o apelido de Guerreiros, talvez nunca tenha sido tão fácil abocanhar um título. Ao Fluminense bastaram apenas três jogos para ser campeão carioca pela 31ª vez na história. Sem sofrimento, sem adversários à altura. Um elenco muito superior. No Carioca, o baile tricolor deixou os rivais sem ter para onde apelar. 

De certa maneira, o time de Abel Braga entrou até na onda do desprezo ao Carioca. Venceu a Taça Guanabara com uma bela atuação, sem dar chances ao Vasco, e se acomodou. Na Taça Rio, pareceu correr para não chegar. Um ar blasé de quem mostrou confiar em si mesmo. O momento certo chegaria. Sem dó nem piedade, Deco, Fred e companhia engoliram o Botafogo de maneira tão humilhante quanto surpreendente. Em um só jogo, a decisão, dividida em dois capítulos, estava sacramentada. 

Coube, então, apenas controlar os ânimos e aquecer os nervos para a Libertadores, diante do Internacional. Ainda assim, nova vitória sobre o rival, com gol magro, sob chuva fina. Festa na arquibancada do Engenhão, novo título tricolor no estádio, logo após o Brasileiro de 2010. O Fluminense de 2011 inverteu a lógica dos Guerreiros. Decide quando quer. Contra quem quiser. E dá o seu passeio dentro de campo e, depois, com a taça em mãos. Nunca foi tão fácil fazer festa nas Laranjeiras. Merecido título tricolor.

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